Inferência Textual
Vamos entender o que é Inferência Textual (D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão) e exercitar o que aprendemos com atividades sobre o assunto da Língua Portuguesa.
Inferência significa deduzir, chegar a uma conclusão por meio do raciocínio.
Inferir (inferência) significa realizar um raciocínio com base em informações já conhecidas, a fim de se chegar a informações novas, que não estejam explicitamente marcadas no texto.
Na leitura de um texto, precisamos inferir (deduzir) por meio das pistas que o próprio texto deixa.
Primeiro, você deve observar as imagens: um homem e uma mulher digitando em um computador. O homem está digitando com um dedo só (o que mostra que ele não tem muita experiência nisso). Ele usa óculos, tem bigode, e os dois usam roupas comportadas. Você já deve ter inferido:
- O homem e a mulher são casados;
- Não são experts em uso de computadores;
- Os dois são adultos.
Até a leitura desta parte você inferiu:
- O homem e a mulher possuem um filho;
- Esse filho está longe deles, por isso estão escrevendo um e-mail.
Porém, o autor quebrou com a inferência que você criou até aqui! Veja: "Por favor, desligue seu computador e desça para comer alguma coisa. Com amor, Papai."
QUESTÃO 02 – João ficou resfriado depois de banhar-se na chuva. Por quê?
a) ( ) Apanhou muita chuva
b) ( ) Ele já estava resfriado antes da chuva.
c) ( ) Ele fica resfriado com chuva.
QUESTÃO 03 – A professora ainda não entregou as provas. Por quê?
a) ( ) Ela gosta de guardar as provas.
b) ( ) Ela não corrigiu as provas.
c) ( ) As provas já deveriam ter sido entregues.
- Leia o texto “A palavra”, de Rubem Braga:
Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito como não imaginar que, sem querer, feri alguém? Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma hostilidade surda, ou uma reticência de mágoas. Imprudente ofício é este, de viver em voz alta.
Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa. Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém. Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase espontânea e distraída que eu disse com naturalidade porque senti no momento – e depois esqueci.
Tenho uma amiga que certa vez ganhou um canário, e o canário não cantava. Deram-lhe receitas para fazer o canário cantar; que falasse com ele, cantarolasse, batesse alguma coisa ao piano; que pusesse a gaiola perto quando trabalhasse em sua máquina de costura; que arranjasse para lhe fazer companhia, algum tempo, outro canário cantador; até mesmo que ligasse o rádio um pouco alto durante uma transmissão de jogo de futebol... mas o canário não cantava.
Um dia a minha amiga estava sozinha em casa, distraída, e assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven – o canário começou a cantar alegremente. Haveria alguma secreta ligação entre a alma do velho artista morto e o pequeno pássaro de ouro?
Alguma coisa que eu disse distraído – talvez palavras de algum poeta antigo – foi despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém. Foi como se a gente soubesse que de repente, num reino muito distante, uma princesa muito triste tivesse sorrido. E isso fizesse bem ao coração do povo; iluminasse um pouco as suas pobres choupanas e as suas remotas esperanças.
QUESTÃO 04 – Faça a inferência sobre o texto:
A) ( ) Somente pessoas tristes é que despertam com melodias esquecidas dentro da alma de alguém.
B) ( ) As palavras têm, às vezes, o poder de nos irritar em qualquer etapa da vida.
C) ( ) As nossas remotas esperanças precisam de um sorriso de princesa que vive num reino muito distante.
D) ( ) À semelhança da narrativa do autor, determinada palavra pode nos remeter ao passado e trazer momentos de alegria na vida.
E) ( ) Pessoas que não sabem viver em voz alta são hostis e cheias de mágoas, por isso uma frase espontânea não lhe faz bem algum.
O que é Inferência Textual?
Inferência significa deduzir, chegar a uma conclusão por meio do raciocínio.
Inferir (inferência) significa realizar um raciocínio com base em informações já conhecidas, a fim de se chegar a informações novas, que não estejam explicitamente marcadas no texto.
Na leitura de um texto, precisamos inferir (deduzir) por meio das pistas que o próprio texto deixa.
Fazendo inferências de uma Charge
- O homem e a mulher são casados;
- Não são experts em uso de computadores;
- Os dois são adultos.
Até a leitura desta parte você inferiu:
- O homem e a mulher possuem um filho;
- Esse filho está longe deles, por isso estão escrevendo um e-mail.
Porém, o autor quebrou com a inferência que você criou até aqui! Veja: "Por favor, desligue seu computador e desça para comer alguma coisa. Com amor, Papai."
Chegando a uma conclusão
Provavelmente você entendeu essa jogada do autor. Mas ainda existe algo por trás dessa charge que lemos: uma crítica.
Pense nessas questões:
- Como é a relação entre pai, mãe e filho nessa família?
- Será que eles têm muito contato uns com os outros?
- Será que os pais passam tempo com o filho e vice-versa?
- É normal os pais escreverem um e-mail chamando o filho para o jantar?
- Será que o filho é mais antenado à tecnologia que os pais?
- Já chegou a uma conclusão?
Com essa charge, por meio do humor, o autor está criticando a forma como A TECNOLOGIA ESTÁ AFASTANDO AS PESSOAS, inclusive nas relações familiares.
Para chegar a essa conclusão você precisou fazer inferências, ativar o seu conhecimento de mundo e levantar hipóteses. Para realmente interpretar um texto é preciso sempre fazer isso!
Vamos analisar agora a parte escrita: "
Querido Júnior, como você tem passado? Sua mãe e eu estamos bem. Estamos com saudade."
– Observe a imagem e marque a resposta correta na Questão 01:
Pense nessas questões:
- Como é a relação entre pai, mãe e filho nessa família?
- Será que eles têm muito contato uns com os outros?
- Será que os pais passam tempo com o filho e vice-versa?
- É normal os pais escreverem um e-mail chamando o filho para o jantar?
- Será que o filho é mais antenado à tecnologia que os pais?
- Já chegou a uma conclusão?
Concluindo sobre a Inferência da charge
Com essa charge, por meio do humor, o autor está criticando a forma como A TECNOLOGIA ESTÁ AFASTANDO AS PESSOAS, inclusive nas relações familiares.
Para chegar a essa conclusão você precisou fazer inferências, ativar o seu conhecimento de mundo e levantar hipóteses. Para realmente interpretar um texto é preciso sempre fazer isso!
Vamos analisar agora a parte escrita: "
Querido Júnior, como você tem passado? Sua mãe e eu estamos bem. Estamos com saudade."
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO SOBRE INFERÊNCIA TEXTUAL
– Observe a imagem e marque a resposta correta na Questão 01:
QUESTÃO 01 – Eu tenho:
a) ( ) fome
b) ( ) calor
c) ( ) sede
QUESTÃO 02 – João ficou resfriado depois de banhar-se na chuva. Por quê?
a) ( ) Apanhou muita chuva
b) ( ) Ele já estava resfriado antes da chuva.
c) ( ) Ele fica resfriado com chuva.
QUESTÃO 03 – A professora ainda não entregou as provas. Por quê?
a) ( ) Ela gosta de guardar as provas.
b) ( ) Ela não corrigiu as provas.
c) ( ) As provas já deveriam ter sido entregues.
- Leia o texto “A palavra”, de Rubem Braga:
Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito como não imaginar que, sem querer, feri alguém? Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma hostilidade surda, ou uma reticência de mágoas. Imprudente ofício é este, de viver em voz alta.
Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa. Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém. Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase espontânea e distraída que eu disse com naturalidade porque senti no momento – e depois esqueci.
Tenho uma amiga que certa vez ganhou um canário, e o canário não cantava. Deram-lhe receitas para fazer o canário cantar; que falasse com ele, cantarolasse, batesse alguma coisa ao piano; que pusesse a gaiola perto quando trabalhasse em sua máquina de costura; que arranjasse para lhe fazer companhia, algum tempo, outro canário cantador; até mesmo que ligasse o rádio um pouco alto durante uma transmissão de jogo de futebol... mas o canário não cantava.
Um dia a minha amiga estava sozinha em casa, distraída, e assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven – o canário começou a cantar alegremente. Haveria alguma secreta ligação entre a alma do velho artista morto e o pequeno pássaro de ouro?
Alguma coisa que eu disse distraído – talvez palavras de algum poeta antigo – foi despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém. Foi como se a gente soubesse que de repente, num reino muito distante, uma princesa muito triste tivesse sorrido. E isso fizesse bem ao coração do povo; iluminasse um pouco as suas pobres choupanas e as suas remotas esperanças.
QUESTÃO 04 – Faça a inferência sobre o texto:
A) ( ) Somente pessoas tristes é que despertam com melodias esquecidas dentro da alma de alguém.
B) ( ) As palavras têm, às vezes, o poder de nos irritar em qualquer etapa da vida.
C) ( ) As nossas remotas esperanças precisam de um sorriso de princesa que vive num reino muito distante.
D) ( ) À semelhança da narrativa do autor, determinada palavra pode nos remeter ao passado e trazer momentos de alegria na vida.
E) ( ) Pessoas que não sabem viver em voz alta são hostis e cheias de mágoas, por isso uma frase espontânea não lhe faz bem algum.
– Vamos treinar nossa psicologia do senso comum neste texto de inferência?
Esta é a lista do que foi encontrado no lixo da casa 205 da Rua: Castro Alves no Bairro Primavera da cidade de Felizópolis. Com base nesta lista e no seu conhecimento adquirido com a experiência vivida, caracterize o mais minuciosamente possível a(s) pessoa(s) que vive(m) nesta casa. Obs.: trata-se do lixo de quatro dias. Quantas pessoas vivem nesta casa? Qual o sexo, idade e profissão de cada uma? Qual o estilo de vida? Que tipo de relacionamento há entre eles? Descreva a casa, o bairro e a rotina dessas pessoas. Que horas acordam, dormem. Enfim, quanto mais informações, melhor.
- 1 meia feminina rasgada
- 1 caixa de preservativos
- Absorventes não usados
- 12 garrafas de cerveja Skol
- 6 garrafas de refrigerantes (2 litros cada) sendo 2 guaranás diet e 1 coca light lemon e 2 cocas zero
- Pilhas
- Jornais (Folha de S. Paulo) e revista Caras
- Latas de alimentos em conserva (vazias)
- Restos de alimentação
- Fraldas descartáveis
- 2 Latas (vazias) de leite em pó e 1 caixa de leite longa vida (vazia)
- 1 estojo de maquiagem quebrado
- 1 caneta BIC contendo metade da tinta
- 1 caixa vazia de comprimidos para dormir
- 1 vidro grande de café solúvel da Nescafé
- 1 caixa de iogurte com a data de validade vencida
- Faturas antigas de TV a cabo
- Embalagens de pão integral, queijo ricota e linguiça tipo calabresa
- 1 lápis para olho pela metade
- O livro “O imaginário”, de Sartre, rasgado