Consciência Negra: resgatando a História e o protagonismo africano
A Consciência Negra é um tema fundamental para entendermos as raízes históricas e culturais do Brasil. Muito além de uma data comemorativa, ela é uma oportunidade de reconhecer as contribuições inestimáveis dos povos africanos e afro-brasileiros para a construção da nossa sociedade. Este material foi preparado para aprofundar a discussão sobre a importância de revisitar a história sob uma perspectiva mais ampla, mostrando o protagonismo e as conquistas dessas civilizações.
Disponibilizamos aqui um conteúdo rico e acessível em formato PDF e imagens, com atividades voltadas para alunos do Ensino Fundamental II.
Este material busca promover reflexões críticas, valorizando a diversidade e incentivando a construção de um futuro mais inclusivo.
Consciência Negra: História e Cultura Afrodescendente
O Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, relembra o legado de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do período colonial e símbolo de resistência contra a escravidão. Esta data é mais do que uma homenagem; é um momento para refletir sobre as contribuições africanas para a construção do Brasil e combater o racismo estrutural ainda presente na sociedade.
Os negros africanos tiveram grande participação em nossa história, em diversos aspectos: políticos, sociais, gastronômicos e religiosos. Foram contribuições importantes e que, até hoje, aparecem em nosso cotidiano, sem nos darmos conta. Sendo assim, para maior valorização da rica cultura afro-brasileira, o dia 20 de novembro foi escolhido como um dia oficial da consciência negra.
Neste dia, no ano de 1695, Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares morreu. Ele representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial e morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade
Muitos escravos negros sofreram torturas e morreram até que a escravidão fosse oficialmente abolida, em 1.888. A manutenção de sua cultura africana em terras brasileiras e a luta pela liberdade sempre estiveram presentes entre os africanos e seus descendentes.
Muito além da escravidão: o brilho da civilização africana
Apesar de o passado da escravidão ter marcado os negros no Brasil, suas raízes vão muito além disso. Povos africanos eram formados por líderes, cientistas e pensadores. Um exemplo é Mansa Musa, rei de Mali no século XIV, considerado a pessoa mais rica da história. Musa não apenas acumulou riquezas, mas investiu em educação, construindo uma das universidades mais antigas do mundo, a de Sankore, em Timbuktu.
Outra figura marcante é Cleópatra, rainha egípcia que governou com inteligência e autonomia, mostrando o papel de destaque de mulheres africanas na Antiguidade. Além disso, avanços em engenharia, astronomia, e medicina, como as técnicas de embalsamamento e cirurgias realizadas no Egito, demonstram a sofisticação dessas civilizações.
A resistência e a construção da identidade negra no Brasil
A história de Zacimba Gaba, princesa africana trazida ao Brasil, é um exemplo da luta pela liberdade. Mesmo em condições adversas, ela liderou rebeliões contra o sistema escravista e ajudou a fundar quilombos, territórios que abrigavam pessoas escravizadas fugitivas e que simbolizam a busca por liberdade e justiça.
Apesar da abolição da escravidão em 1888, as populações negras enfrentaram exclusão sistemática. Sem políticas de inclusão, foram marginalizadas nas cidades, dando origem a favelas. O racismo estrutural consolidou desigualdades sociais e econômicas que permanecem até hoje. Para superá-las, é necessário promover uma educação antirracista e valorizar as contribuições africanas na história.
A importância da Consciência Negra
O resgate dessas histórias transforma a narrativa: os afrodescendentes não são apenas descendentes de escravos, mas herdeiros de reis, rainhas e grandes realizadores. Reconhecer essas raízes é essencial para desconstruir preconceitos e construir um país mais igualitário.
QUESTÕES SOBRE CONSCIÊNCIA NEGRA
— Leia o texto acima e responda às questões de 1 à 10:
QUESTÃO 1 — Qual a importância do dia 20 de novembro no Brasil?
A) ( ) Celebrar a abolição da escravidão
B) ( ) Relembrar o legado de Zumbi dos Palmares e a resistência negra
C) ( ) Comemorar a chegada dos africanos ao Brasil
D) ( ) Destacar as desigualdades sociais
QUESTÃO 2 — Quem foi Mansa Musa?
A) ( ) Um dos primeiros escravizados a chegar ao Brasil
B) ( ) Um líder africano e rei do Egito
C) ( ) O rei mais rico da história, governante do Mali
D) ( ) Um guerreiro que lutou contra os europeus
QUESTÃO 3 — Qual foi a contribuição de Cleópatra para a história africana?
A) ( ) Liderar rebeliões contra colonizadores
B) ( ) Demonstrar o poder das mulheres no governo
C) ( ) Construir universidades em Timbuktu
D) ( ) Unir o Egito e o Mali em um só império
QUESTÃO 4 — O que os quilombos simbolizam na história do Brasil?
A) ( ) A submissão dos escravizados
B) ( ) A resistência e busca por liberdade
C) ( ) A miscigenação cultural no Brasil
D) ( ) A origem das cidades modernas
QUESTÃO 5 — O impacto das políticas públicas após a abolição da escravatura é:
A) ( ) Garantir igualdade social aos negros
B) ( ) Promover educação para todos
C) ( ) Serem insuficientes, levando à exclusão social
D) ( ) Resultar no fim das desigualdades
QUESTÃO 6 — O que foi a Universidade de Sankore?
A) ( ) A primeira universidade europeia
B) ( ) Um centro de estudos fundado no Egito
C) ( ) Uma das mais antigas universidades do mundo, localizada em Timbuktu
D) ( ) Uma escola para formação de líderes africanos no Brasil
QUESTÃO 7 — Qual prática médica foi desenvolvida no Egito Antigo?
A) ( ) Transplantes de órgãos
B) ( ) Uso de antibióticos
C) ( ) Cirurgias e embalsamamento
D) ( ) Radioterapia
QUESTÃO 8 — Quem foi Zacimba Gaba?
A) ( ) Uma líder quilombola no Brasil
B) ( ) Uma rainha africana que viveu na Europa
C) ( ) Uma princesa escravizada que liderou rebeliões
D) ( ) A criadora do quilombo dos Palmares
QUESTÃO 9 — Qual o legado do Egito Antigo para a humanidade?
A) ( ) Primeiros sistemas democráticos
B) ( ) Avanços em matemática, astronomia e medicina
C) ( ) Criação da escrita moderna
D) ( ) Descoberta da América
QUESTÃO 10 — O que é racismo estrutural?
A) ( ) Discriminação individual entre pessoas
B) ( ) Racismo praticado apenas em instituições
C) ( ) Desigualdades históricas incorporadas na sociedade
D) ( ) Exclusão racial apenas no mercado de trabalho
QUESTÃO 11 — Encontre as palavras no caça-palavras:
CONSCIÊNCIA NEGRA — ZUMBI — QUILOMBO — NEGROS — RESISTÊNCIA
ESCRAVIDÃO — RACISMO — ARQUITETURA — ASTRONOMIA — CIRURGIA
ENGENHARIA — IRRIGAÇÃO — MATEMÁTICA — PAPIRO — PIRÂMIDE
QUESTÃO 12 — Encontre a saída do labirinto:
— Leia a tirinha abaixo de Armandinho e responda às questões de 13 à 16:
QUESTÃO 13 — Qual o principal sentimento humano descrito na tirinha?
A) ( ) Paz.
B) ( ) Amor.
C) ( ) Carinho.
D) ( ) Liberdade.
QUESTÃO 14 — De acordo com a tirinha, o que Armandinho sugere sobre as pessoas que têm preconceito?
A) ( ) Que merecem ser punidas.
B) ( ) Que são vítimas da própria ignorância.
C) ( ) Que não sofrem nenhuma consequência.
D) ( ) Que não precisam de reflexão ou diálogo.
QUESTÃO 15 — Na fala da personagem principal, qual valor está sendo promovido como essencial na luta contra o preconceito?
A) ( ) O incentivo à competitividade.
B) ( ) A promoção da empatia e da compreensão.
C) ( ) A imposição de regras rígidas.
D) ( ) A indiferença em relação ao problema.
QUESTÃO 16 — Relacionando a tirinha com o combate ao racismo, podemos dizer que a mensagem principal destaca:
A) ( ) A importância de identificar culpados.
B) ( ) A necessidade de evitar discussões sobre preconceito.
C) ( ) A relevância da educação e do diálogo para superar a ignorância.
D) ( ) A ideia de que preconceito é inevitável.
QUESTÃO 17 — Junte as sílabas conforme os números para formar uma frase:
Refletindo juntos: o legado da Consciência Negra
A valorização da Consciência Negra não é apenas um resgate histórico, mas também um passo essencial para a construção de uma sociedade mais igualitária. A partir deste material, esperamos que alunos e professores possam compreender o impacto da cultura africana em nossas vidas e, principalmente, repensar atitudes em prol do combate ao racismo e à exclusão.
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