Correção da Prova de Recuperação Sobre Crônicas- 1.ª Nota do 2.º Bimestre - 9.º Ano

   

Correção da Prova de Recuperação Sobre Crônicas- 1.ª Nota do 2.º Bimestre - 9.º Ano

Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Luiz Joaquim dos Santos
Professora: Luciene
Componente Curricular: Língua Portuguesa
Série: 9.º Ano         Turma: A         Turno: Manhã
Conteúdo: CORREÇÃO dos Exercícios de Verificação da Aprendizagem – 1.ª Nota do 2.º Bimestre - RECUPERAÇÃO - Crônica
Semana 14 – Aula 28 – DIA: 11 / 06 / 2021 – Sexta-feira

CORREÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE VERIFICAÇÃO
DA APRENDIZAGEM - RECUPERAÇÃO

- Leia o texto “A espada”, de Luís Fernando Veríssimo e depois responda:

            Uma família de classe média alta. Pai, mulher, um filho de sete anos. É a noite do dia em que o filho fez sete anos. A mãe recolhe os detritos da festa. O pai ajuda o filho a guardar os presentes que ganhou dos amigos. Nota que o filho está quieto e sério, mas pensa: “É o cansaço.” Afinal ele passou o dia correndo de um lado para o outro, comendo cachorro-quente e sorvete, brincando com os convidados por dentro e por fora da casa. Tem que estar cansado.
            – Quanto presente, hein, filho?
            – É.
            – E esta espada. Mas que beleza. Esta eu não tinha visto.
            – Pai…
            – E como pesa! Parece uma espada de verdade. É de metal mesmo. Quem foi que deu?
            – Era sobre isso que eu queria falar com você.
            O pai estranha a seriedade do filho. Nunca o viu assim. Nunca viu nenhum garoto de sete anos sério assim. Solene assim. Coisa estranha… O filho tira a espada da mão do pai. Diz:
            – Pai, eu sou Thunder Boy.
            – Thunder Boy?
            – Garoto Trovão.
            – Muito bem, meu filho. Agora vamos pra cama.
            – Espere. Esta espada. Estava escrito. Eu a receberia quando fizesse sete anos.
            O pai se controla para não rir. Pelo menos a leitura de história em quadrinhos está ajudando a gramática do guri. “Eu a receberia…” O Guri continua.
            – Hoje ela veio. É um sinal. Devo assumir meu destino. A espada passa a um novo Thunder Boy a cada geração. Tem sido assim desde que ela caiu do céu, no vale sagrado de Bem Tael, há sete mil anos, e foi empunhado por Ramil, o primeiro Garoto Trovão.
            O pai está impressionado. Não reconhece a voz do filho. E a gravidade do seu olhar. Está decidido. Vai cortar as histórias em quadrinhos por uns tempos.
            – Certo, filho. Mas agora vamos…
            – Vou ter que sair de casa. Quero que você explique à mamãe. Vai ser duro para ela. Conto com você para apoiá-la. Diga que estava escrito. Era meu destino. – Nós nunca mais vamos ver você? – pergunta o pai, resolvendo entrar no jogo do filho enquanto o encaminha, sutilmente, para a cama.
            – Claro que sim. A espada do Thunder Boy está a serviço do bem e da justiça. Enquanto vocês forem pessoas boas e justas poderão contar com a minha ajuda.
            – Ainda bem. – diz o pai.
            E não diz mais nada. Porque vê o filho dirigir-se para a janela do seu quarto, e erguer a espada como uma cruz, e gritar para os céus “Ramil!”. E ouve um trovão que faz estremecer a casa. E vê a espada iluminar-se e ficar azul. E o seu filho também.
            O pai encontra a mulher na sala. Ela diz:
            – Viu só? Trovoada. Vá entender este tempo.
            – Quem foi que deu a espada para ele?
            – Não foi você? Pensei que tinha sido você.
            – Tenho uma coisa pra te contar.
            – O que é?
            – Senta, primeiro.

QUESTÃO 1 – O humor da crônica consiste em:

A) ( ) O pai não saber quem presenteou o filho com a espada.
B) ( X ) O filho conseguir fazer o pai “mergulhar” em sua fantasia.
C) ( ) A mãe ter medo de trovoada.
D) ( ) O pai lamentar não ter sido o Thunder Boy de sua geração.
E) ( ) O filho saber falar corretamente português aos sete anos.

– Considere as seguintes afirmações para, em seguida, responder a QUESTÃO 2:

I – Em um dado momento da crônica, o pai procura associar o relato fantasioso do filho ao fato de o menino ler histórias em quadrinhos.
II – O pai considera que a leitura de histórias em quadrinhos contribui para que o filho amplie seus conhecimentos gramaticais.
III – Podemos caracterizar a espada do Thunder Boy como pesada e metálica.
IV – A postura séria e solene apresentada pelo filho, naquela noite, condiz com o comportamento habitual de crianças da sua faixa etária.
V – Segundo a crônica, a espada do Thunder Boy foi confeccionada no Vale Sagrado de Bem Tael.

QUESTÃO 2 – De acordo com as afirmativas, marque o que é certo sobre elas:

A) ( ) Todas as afirmativas são verdadeiras.
B) ( ) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
C) ( ) Apenas as afirmativas IV e V são falsas.
D) ( ) As afirmativas I, III e V são verdadeiras.
E) ( ) Somente a afirmativa IV é falsa.

QUESTÃO 3 – “E não diz mais nada. Porque vê o filho dirigir-se para a janela do seu quarto, e erguer a espada como uma cruz...”. Há entre as orações acima uma respectiva relação de:

A) ( ) Fato/consequência.
B) ( ) Fato/causa.
C) ( ) Fato/solução.
D) ( ) Fato/finalidade.
E) ( ) Fato/conclusão.

QUESTÃO 4 – Após a suposta partida do filho, a condição imposta para que os pais possam continuar vendo-o é que eles:

A) ( ) Continuem sendo pessoas boas e justas.
B) ( ) Não contem a ninguém sobre o Garoto Trovão.
C) ( ) Também trabalhem a favor do bem e da justiça.
D) ( ) Aceitem o destino escolhido pelos deuses para o seu filho.
E) ( ) Guardem a espada com toda a segurança.

- Leia o texto “A nuvem”, de Rubem Braga e depois responda:

            Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever uma semana inteira sem reclamar, sem protestar, sem espinafrar! E meu amigo falou da água, telefone, Light em geral, carne, batata, transporte, custo de vida, buracos na rua, etc. etc. etc. Meu amigo está, como dizem as pessoas exageradas, grávido de razões. Mas que posso fazer? Até que tenho reclamado muito isto e aquilo. Mas se eu for ficar rezingando todo dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler? Acho que o leitor gosta de ver suas queixas no jornal, mas em termos.
            Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras mazelas. Não é verdade que as amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso de folhas vermelhas voando no ar? E ficaria demasiado feio eu confessar que há uma jovem gostando de mim? Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um senhor maduro duram pouco. São caprichos de certa fase. Mas que importa? Esse carinho me faz bem; eu o recebo terna e gravemente; sem melancolia, porque sem ilusão. Ele se irá como veio, leve nuvem solta na brisa, que se tinge um instante de púrpura sobre as cinzas de meu crepúsculo.
            E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o chão – e seus tradicionais buracos.

QUESTÃO 5 – É correto afirmar que, a partir da crítica que o amigo lhe dirige, o narrador cronista:

A) ( ) Sente-se obrigado a escrever sobre assuntos exigidos pelo público.
B) ( ) Reflete sobre a oposição entre literatura e realidade.
C) ( ) Reflete sobre diversos aspectos da realidade e sua representação na literatura.
D) ( ) Defende a posição de que a literatura não deve ocupar-se com problemas sociais.
E) ( ) Sente que deve mudar seus temas, pois sua escrita não está acompanhando os novos tempos.

QUESTÃO 6 – Em: “E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! (...)”, o sinal de pontuação utilizado serviu para indicar:

A) ( X ) Uma admiração.
B) ( ) Uma pausa.
C) ( ) Uma indagação.
D) ( ) Uma continuação.

QUESTÃO 7 – De acordo com o texto, qual a explicação que o cronista deu por ter deixado de reclamar?

A) ( ) Por ele estar doente.
B) ( ) Por estar estudando outras coisas.
C) ( X ) Porque se continuasse reclamando ninguém aguentaria ler mais suas crônicas.
D) ( ) Porque suas crônicas não estavam sendo publicadas.

QUESTÃO 8 – Segundo o texto, o que o autor quis dizer quando mencionou o termo “grávido de razões”:

A) ( ) Não tinha razão.
B) ( X ) Estava cheio de razões.
C) ( ) Suas razões não eram boas.
D) ( ) A razão não era suficiente.

QUESTÃO 9 – Com relação ao gênero do texto, é correto afirmar que a crônica:

A) ( X ) Parte do assunto cotidiano e acaba por criar reflexões mais amplas.
B) ( ) Tem como função informar o leitor sobre os problemas cotidianos.
C) ( ) Apresenta uma linguagem distante da coloquial, afastando o público leitor.
D) ( ) Tem um modelo fixo, com um diálogo inicial seguido de argumentação objetiva.
E) ( ) Consiste na apresentação de situações pouco realistas, em linguagem metafórica.

– Atente para as seguintes afirmações:

I – A fala do amigo, na abertura do texto, revela que ele atribui a um cronista profissional a função de se pronunciar o mais criticamente possível diante dos dramas existenciais maiores que afligem a humanidade.
II – O cronista supõe que seus leitores não esperam que ele se dedique a protestar o tempo todo, deduzindo-se daí que ele considera a possibilidade de uma crônica adotar uma tonalidade mais leve.
III – O escritor se vale dessa crônica, para sustentar a convicção de que a maior parte de seus textos corresponde perfeitamente à expectativa de seu amigo.

QUESTÃO 10 – Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em:

A) ( X ) I e II.
B) ( ) I e III.
C) ( ) II e III.
D) ( ) I.
E) ( ) II.

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